A Interface da Prática do Educador do Terceiro Setor
Gelzianne C. Ribeiro BARRETO
Luciana Campos de Oliveira Dias
Isabel Ana de Moraes
Resumo
O
terceiro Setor no Brasil ganha destaque a partir dos anos 80, sendo maior entendido
nos final dos anos 90. Constituído por empresas não governamentais e
associações conhecidas anteriormente como filantropias que atuaram e atuam por
muitos anos no país.
A
nomeclatura Terceiro Setor ou terceira via surge dentro da esfera social;
dividido em: Estado ( 1º setor ),
mercado ( 2º setor ) e a sociedade civil ( terceiro setor ).
A
participação de grandes empresas no que referem-se a investimentos ou apoio
tendo quase sempre o interesse de diminuir o pagamento de taxas e impostos, em
seguida vão surgindo fundações associações com o cunho social fortalecendo ainda mais o terceiro setor .
O “Casamento”
entre o Estado e as entidades não-governamentais, foi celebrado através de uma
lei a da OSCIPS ( Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público )
aprovada em março de 1999. Prevê parcerias para execução de projeto de
interesse público em Cultura, Educação, Saúde, Assistência Social,
Meio-ambiente, Direitos Humanos e etc.
Terceiro Setor:
“composto por organizações sem fins lucrativos, criadas e mantidas pela ênfase da participaçã voluntária, num âmbitonão governamental, dando continuidade a prática tradicionais da caridade, da filantropia, do mecenato e exoandindo o seu sentido para outros domínios, graças sobretudo, à incorporação do conceitode cidadania e de suas múltiplas manifestaçãões na sociedade civil. “
(Rubens Fernandes, antropólogo e secretário executivo do Iser e do Viva Rio)
As Organizações não-governamentais têm um papel fundamental no Brasil hoje, disso ninguém discorda. Afinal, elas, no presente momento, movimentam bilhões de reais e empregam mais de um milhão de pessoas. Lembrando de que o Governo Federal é responsável por uma grande quantia de recursos financeiros do Terceiro Setor. Alguns especialistas vêem isso como uma relação perigosa.
O Terceiro Setor foi criado como
respostas a uma série de necessidades
sociais, econômicas, humanas. Uma delas
podemos destacar que atua no campo educacional que é a valorização da educação
e da cultura, antes esquecidas por entidades diversas de cunho social.
“A Educação
deve contribuir para autoformação da pessoa ( ensinar a assumir a condição humana, ensinar a viver )
e ensinar com se tornar cidadão”.
(MORIN, 2001)
Desenvolver a cidadania é um dos objetivos
gerais contidos no âmbito da filantropia, entre outros valores sociais que
tende a ser trabalhado em qualquer qualificação de ensino. É de caráter
filantrópico a questão social da comunidade em parceria, fazendo trabalhos
direcionados aos problemas existentes.
1 – Educação Básica Direito de
Todo
2 – Alguns Paradoxos entre a
Educação Infantil e a Educação de
Adultos
Tempo
livre Tempo
resumido (breve)
Educando
......................... Opinião
Própria e decisão
Educação
Formal.......... Educação
Informal
Formação
de Hábitos Hábitos
adquiridos
3 – A Psicologia da Educação de
Jovens e Adulto.
·
Nosso cliente (aluno)
é muito especial já que possuem diversas experiências adquiridas anteriormente
a “sala de aula”. Deve-se respeitar seu referencial, tentando relacionar com
cada contexto dentro do aprendizado.
·
Destacando algumas características:
-
Tímido
-
Rotineiro(hábitos
adquiridos)
-
Temeroso ( inseguro )
-
Conformado (
-
Carente
-
Desconfiado
4 – O Processo Educacional
-
Avaliar qual o método
para melhor capacitação.
-
Levar em conta cada referencial
contido em sala de aula
-
Nunca trabalhar o
educando no pluralismo
-
Efetivar o trabalho
em Equipe.
5 – Dinamização dentro da sala de
Aula.
Palavra Geradora
Expressão Verbal
Temas relacionados ao contexto da
comunidade atendida
Existe uma complexidade no exercício da
alfabetização informal, onde o educador deve ser atuante na democracia,
desenvolvendo uma pedagogia crítica atenuada na criatividade e interacionista
proporcionando uma relação entre a aprendizagem e a prática social. Atentar na
utilização dos processos metodológicos utilizados nessa educação, cabe-se
avaliar a evidência de cada método escolhido, prevalece a metodologia oral, não
abandonando a escrita, embora que, salienta-se sucesso da “expressão oral”,
onde o aluno passa ser sujeito/ativo da construção do conhecimento, gerando uma
interação entre a aprendizagem e o educando.
Alfabetizar respeitando o referencial de cada aluno, fazendo prevalecer a educação diferenciada. Favorece a participação do alfabetizando no desenvolvimento do processo educativo. Difere-se da educação formal e tradicional deixado de lado o caráter compulsório, surge-se o voluntário, determinado a contribuir com a evolução na educação. O ensino tradicional dificulta a participação, porém o ensino informal possibilita a participação.
Ressalta-se que Trabalhos vivenciais
em grupo tem sido uma prática contínua da Educação do Terceiro
Setor, procedimento esse que visa a questão humanitária, promovendo
uma abertura ainda maior no ensino. Não limitando apenas na repassagem do
conhecimento e sim na construção do mesmo,
contribuindo com melhoria na convivência de cada participante do
processo.
O envolvimento do serviço voluntário faz-se presente ocupando vários setores no que refere-se à alfabetização, pessoas que são tecnicamente treinadas para atender uma clientela carente geralmente em pontos periféricos. Quase sempre selecionadas dentro do próprio meio cultural, para melhor interação. Permite parcerias comunitárias, envolve Igrejas, centros comunitários, postos de saúde locais e adjacências, partilhando do mesmo ideal.
Profissionais, estudantes e funcionários de instituições da sociedade civil ( ONGs, associações comunitárias, fundações, universidades, empresas, etc. ) o voluntário enquadra-se em vários setores da sociedade. O exercício da voluntariedade parte da conscientização de que a educação deve ser pra todos. Vem de uma filosofia que diz: “a educação é poder”, fazendo relação entre o ensino e à autonomia enquanto cidadão para desenvolver a democracia contribuindo com a sociedade estabelecendo harmonia no seio social sustentado pela paz, respeito mútuo e na justiça.
O voluntariado situa-se em circunstâncias adversa, doando de si o melhor, onde ele acredita que ensina e aprende, ele dá e recebe. Círculo de trocas de experiências. Surge então de uma necessidade local. Quase sempre facilita e diminui as responsabilidade dos aparelhos organizacionais responsáveis , sendo as vezes menos dispostos e menos despreparados a conviver com certas realidades pertinentes a determinadas localidades.
Começa aparecer nos finais dos anos 90, no terreno da ação social na América Latina, o incentivo ao trabalho voluntário. . Portanto estamos diante de um contexto em que o campo das ONGs cresce e existe a partir dos anos 80, de forma particularmente politilizada, onde é o termo militância que tem expressado uma disposição bem específica ( muitas vezes, perigosas ) para atuar no campo social sem remuneração, as vezes não tão clara. O voluntário e o militante ambos agentes sociais em campo variados, contudo não podem serem definidos em conjunto devido ideologia empregmentadam cada um, merecendo um melhor aprofundamento.
Pesquisas recentes provam que aproximadamente 22% da população brasileira já dou ou está doando uma parte do seu tempo para alguém ou para alguma entidade, esse índice justificam através das grandes campanhas desenvolvidas de “promoção do voluntário”, de “doação de tempo e dinheiro”, da filantropia transformadora que vem sendo geradas através de empresas etc. , onde destacam diversos pontos e coloca-se modelos de atuação, valores e concepções próprias, amparadas por fundações, Nações Unidas, Orgãos Governamentais, surgindo então a chamada “força social”.
Referências
Bibliográficas:
·
MONTAÑO, Carlos –
TERCEIRO SETOR E QUESTÃO SOCIAL : Crítica ao padrão emergente de Intervenção
Social – São Paulo: Cortez, 2002.
·
MORIN, EDGAR – A CABEÇA BEM-FEITA “repensar a reforma ´
reformar o
pensamento” –
3 ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,2001.
·
GOHN, MARIA DA GLÓRIA
– EDUCAÇÃO NÃO-FORMAL E Cultura Política
– São Paulo: Editora Cortez,1999 – v.71
·
CAMARGO, MARIANGELA
FRANCO ...( et. all ) – Gestão do Terceiro Setor no Brasil - São
Paulo: Futura, 2001.
·
CADERNOS ABONG -
ONGS: IDENTIDADE E DESAFIOS ATUAIS – Maio
2000. Nº 27.
·
Anexo –
ProjetosSociais: Alfalit , Vaga-lume/UEG entre outros.
Apresentação do Trabalho ( Pôster ):
Apresentar o Conceito do Terceiro Setor
Comentários acerca da Prática do
Educador de Jovens e Adultos.
Exposição fotos dessa Prática
educacional.
Cartas e Depoimentos escritos por alunos que estão inseridos nesse
contexto de aprendizagem
Gráficos da expansão do Terceiro
Setor