ESTÁGIO DO CURSO DE PEDAGOGIA EM UMA ESCOLA ESPECIAL: APREENDENDO E INTERVINDO NA REALIDADE DE UM CONTEXTO SÓCIO-EDUCATIVO DIRECIONADO A JOVENS E ADULTOS COM SURDEZ.

 

Profa. Dra. Dulce Barros de Almeida - FE/UFG

 

 

No decorrer do presente ano (2003), a disciplina Didática e Prática de Ensino da Escola Fundamental – DPEEF, do 3° ano noturno, do curso de Pedagogia da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás (FE/UFG), por nosso intermédio, tem oportunizado a 16 alunos o estágio na Escola Estadual Especial Maria Lusia de Oliveira, cujo atendimento é destinado a jovens e adultos com surdez, dos quais, em sua maioria, se comunicam por meio da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS. Vale ressaltar que apenas nas séries iniciais do período noturno da escola há uma minoria de alunos que não são considerados surdos.

Por se tratar de uma proposta de natureza teórico-prática, diferenciada e de caráter desafiador pelo fato de ser desenvolvida junto a alunos historicamente discriminados e excluídos do ensino regular, os 16 alunos estagiários  que a aderiram se comprometeram a enfrentar esse desafio com dedicação e responsabilidade, numa tentativa de poder contribuir com o processo de ensino-aprendizagem desenvolvido na escola.

Por educando jovem e adulto, assim como Parreiras (2002), entendemos que:

 

Esse grupo é formado por pessoas que foram excluídas do sistema escolar, possuindo, portanto, pouca ou nenhuma escolarização. São indivíduos com certas especificidades socioculturais que expressam suas origens: ‘grupos populares’; sujeitos que já estão inseridos no mundo do trabalho, normalmente ocupando funções não qualificadas.

 

Segundo alguns historiadores, foi no século XVII, na Espanha, que os surdos começaram a utilizar o alfabeto manual. No Brasil, a LIBRAS tem origem através do alfabeto francês com a chegada de Ernest Huet em 1856. Apesar de muitas pessoas

acreditarem o contrário, a LIBRAS não é universal, pois, cada país possui sua própria Língua de Sinais. Recentemente, no dia 24/04/2002, ainda na gestão Fernando Henrique Cardoso, a LIBRAS foi reconhecida oficialmente como língua das pessoas surdas.

Souza (2003, p. 32) afirma que:

 

[...] os filósofos dos séculos VII e VIII acreditavam que a primeira linguagem dos homens teria sido a gestual (independentemente do lugar geográfico que habitavam); os surdos a teriam conservado e aprimorado. Daí porque esses filósofos tinham a plena convicção de que a linguagem de sinais teria um caráter universal, uma vez que todos os homens teriam tido, em sua origem, a mesma forma gestual de se comunicar entre si.

 

Concordamos com as afirmações de Gesueli (2003, p.1):

 

No processo de desenvolvimento do sujeito, a linguagem tem um lugar central, como mediadora das interações e como instância de significação por excelência; ou seja, ela não pode ser reduzida, meramente, a um instrumento de comunicação.

 

Com esse entendimento, os 16 alunos estagiários na Escola Especial iniciaram no mês de maio/2003 um curso básico de LIBRAS junto a um professor surdo da instituição, objetivando uma melhor aproximação com o alunado da escola por compreenderem que o processo de construção de conhecimento do aluno fica ainda mais limitado quando o professor não consegue compartilhar a mesma língua utilizada por ele.

Os alunos surdos da escola-campo apresentavam níveis diferenciados de surdez. Encontramos no ensino noturno alunos com surdez leve, moderada, severa e até profunda. Como o MEC (1995), assim as definimos:

 

v     Surdez leve – perda auditiva que impede que o aluno perceba igualmente todos os fonemas da palavra, podendo causar dificuldade na leitura e/ou escrita, mas que não impede a aquisição da linguagem.

 

v      Surdez moderada – perda auditiva que causa dificuldade de discriminação auditiva em alguns ambientes ruidosos e provável Impedimento em compreender certos termos de relação e/ou frases gramaticais complexas.

 

v     Surdez severa – perda auditiva que ocasiona sérios problemas de fala e de compreensão, sendo que a compreensão verbal poderá está ligada diretamente à aptidão do indivíduo para a percepção visual.

 

v     Surdez profunda – perda auditiva que impede a aquisição da fala como instrumento de comunicação. Provavelmente são esses alunos que terão prioridade na aquisição da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.

 

Como proposta inicial de estágio, tínhamos como objetivo apreender e intervir na realidade da escola por meio de rodízio dos 16 alunos em duplas nas salas de 1ª a 8ª série do Ensino Fundamental, numa tentativa de compreender toda a estrutura, funcionamento e organização do período noturno.

Entretanto, no decorrer da etapa das observações, houve a decisão por parte dos alunos e da coordenação de estágio de que o rodízio não seria necessário, pois, o trabalho seria desenvolvido em salas fixas, ou seja, sistematizado por duplas em uma única série até o final do ano.

Esta decisão ocorreu pelo fato de os 16 alunos estagiários terem detectado que praticamente todos os alunos jovens e adultos da escola se encontravam em nível elementar de leitura e escrita correspondente às séries iniciais do Ensino Fundamental. O que não ocasionaria, portanto, prejuízos para a formação acadêmica das duplas que optaram em desenvolver trabalhos junto à 5ª, 6ª, 7ª e 8ª série.

Conforme o cronograma estabelecido ainda no início do ano pela coordenação do estágio, o período das observações para se apreender à realidade da escola-campo ocorreu do mês de maio a agosto/2003.

A postura/papel do aluno estagiário na sala de aula foi a de um “observador como participante”, pois, tanto a sua identidade quanto os objetivos do estudo foram revelados à escola desde o início dos trabalhos. O conteúdo das observações foi sistematicamente descrito e registrado em caderno sob forma de protocolos e abrangeu, como orienta André (1986), a descrição dos sujeitos, a reconstrução dos diálogos, a descrição de locais, a descrição de eventos especiais, a descrição das atividades e os próprios comportamentos dos observadores.

Assim com André (1997), entendemos que a pesquisa tem um papel didático relevante na formação do professor. E mais, é importante que o futuro professor tenha oportunidades reais de desenvolver no decorrer de sua formação inicial habilidades básicas de investigação tais como observar, entrevistar, analisar documentos e problematizar entre outras, para que possa analisar situações da prática escolar cotidiana e desenvolver um trabalho de reflexão sobre a sua própria prática docente.

Posteriormente à fase de apreensão da realidade da sala de aula, os alunos estagiários, divididos em oito duplas, elaboraram Projetos de Ensino com o objetivo de intervir e ao mesmo tempo tentar minimizar as dificuldades detectadas no decorrer do período de observação.

Foram oito temáticas propostas por série, em comum acordo entre os alunos estagiários e a escola, para serem executadas e avaliadas por meio de relatório final, entre os meses de setembro e dezembro do corrente ano, como segue:

 

v     1ª série – Temática: Vivenciando a leitura e interpretação de texto – com sentido e prazer. Objetivo: Contribuir para um melhor desenvolvimento da leitura, motivando os alunos sobre a importância desta leitura, como forma de dar sentido aos conhecimentos. Estagiárias responsáveis: Lucilene Rodrigues Batista e Mírian Patrícia Evaristo Dias.

 

v     2ª série – Temática: Leitura e produção de texto na escola especial – um encontro de prazer. Objetivo: Contribuir para a formação de alunos críticos, criativos, reflexivos e produtivos. E também, estimular a curiosidade dos mesmos para que se tornem sujeitos interessados e participativos. Estagiárias responsáveis: Letícia do Nascimento Silveira e Maria de Fátima da Conceição.

 

v     3ª série – Temática: Ampliação de vocabulário e a múltipla utilização da palavra escrita. Objetivo: Proporcionar atividades de interesse e prazerosas para o ensino-aprendizagem de jovens e adultos de modo que contribuam para o acréscimo do vocabulário dos alunos evidenciando as formas de utilização da palavra escrita. Estagiárias responsáveis: Gizelly de Freitas Gonçalves e Lucy Elaine Aparecida Costa da Silva.

 

v     4ª série – Temática: Lendo e escrevendo para compreensão e interpretação de mundo. Objetivo: Contribuir com estímulos para que os alunos da 4ª série possam desenvolver a leitura e a escrita facilitando, assim, uma melhor compreensão de mundo. Estagiárias  responsáveis: Francisca Solange Carvalho Porto e Joicy Ludmilla Fonseca Santos.

 

v     5ª série – Temática: Buscando a internalização do sentido da palavra para uma boa compreensão do texto. Objetivos: Contribuir para a internalização de um maior número de palavras; buscar uma melhoria na capacidade de interpretação da leitura; incentivar o uso da linguagem oral e estimular a escrita de textos com as palavras internalizadas. Estagiários responsáveis: Gilson Silva dos Santos e Karla Xavier Sobrinho.

 

v     6ª série – Temática: Desmistificando a Matemática como entrave para o conhecimento através dos conceitos geométricos. Objetivo: Contribuir no aprendizado da Geometria a fim de que o aluno desenvolva o raciocínio na resolução de atividades que exigem visualização, construção e manipulação de modelos de figuras geométricas. Estagiárias responsáveis: Maria Aparecida Souza dos Santos e Stael Lopes Martins.

 

v     7ª série – Temática: Sexualidade – A formação de conceitos por alunos com deficiência auditiva em uma escola de ensino especial. Objetivos: Valorizar as habilidades do deficiente auditivo, no que diz respeito à sua capacidade de comunicação visual através da sexualidade; minimizar a barreira entre a comunidade ouvinte e a não-ouvinte discutindo a sexualidade comum e particular destes sujeitos; elevar a auto-estima dos envolvidos; tentar resgatar para os alunos surdos, a importância da escola e do processo de ensino e aprendizagem pela formação de conceitos e elaborar uma metodologia específica de atividades manuais, áudio visual, capaz de levar o aluno à construção de conceitos através de atividades que envolvam a sexualidade. Estagiários responsáveis: Renato Barros de Almeida e Rute de Oliveira Mendes.

 

v      8ª série – Temática: A Arte como mediadora do conhecimento. Objetivo: Contribuir com a formação de um “sujeito” capaz de apreender criticamente os fatos da realidade. Estagiárias responsáveis: Carolina Barrilli e Esmeralda Roncolato Louly.

 

É importante salientar que todos os projetos citados apresentaram como proposição metodológica ações planejadas e sistematizadas, com atividades abertas e diversificadas para serem exploradas segundo as possibilidades e interesses dos alunos.

Os projetos foram norteados por princípios educacionais que reconhecem a cooperação, a autonomia intelectual e social e a aprendizagem ativa como condições que propiciam o desenvolvimento global de todos os alunos.

Assim, todos os alunos estagiários, considerando o contexto social dos seus alunos e a contradição que o envolve, no decorrer da execução do projeto foram estimulando a participação, a autonomia, a criatividade, a criticidade, a reflexão e a auto-estima, explorando a resolução de problemas e utilizando instrumentos diversificados adequados à faixa etária dos alunos.

Ressaltamos que, apesar das diferenciações temáticas, os autores José Carlos Libâneo, Paulo Freire, Rubem Alves e Vygotsky se constituíram nas grandes referências teóricas dos alunos estagiários por motivos diversificados tais como:

 

v     José Carlos Libâneo, por se constituir em referência da disciplina Didática e Prática de Ensino na Escola Fundamental como um todo e por explicitar de forma tão apropriada a Pedagogia no seu sentido amplo enquanto campo cientifico e no seu sentido restrito enquanto teoria e prática da formação humana (Libâneo, 2003), o que vem ao encontro das nossas concepções.

 

v     Paulo Freire, por ter combatido o individualismo e a competitividade denunciando o mal estar que vem sendo produzido pela ética do mercado e anunciando a solidariedade enquanto compromisso histórico para promover e instaurar a “ética universal” (Oliveira, 1997). Além disso, por Freire ter sido um educador que transformou o sentido da linguagem em cultura, uma vez que a palavra ajuda o homem a tornar-se homem e, alfabetizar, nada mais foi para ele do que ensinar o uso da palavra.

 

v     Rubem Alves, por trazer para dentro da sala de aula a discussão sobre a importância do professor se transformar num mestre de prazeres para que ele possa ter condições de despertar e expandir no aluno a sua capacidade de sentir alegria na escola e, em conseqüência, de sentir alegria no ato de ler e de aprender. (Alves, 2003).

 

v     Vygotsky, por ter salientado a importância do papel da linguagem no processo de interação e nos processos cognitivos demonstrando que uma palavra sem significado é um som vazio. E, por Vygotsky ter afirmado que pensamento e linguagem não são, pois, processos paralelos e independentes, mas processos que se afetam reciprocamente. (Vygotsky, 1993).

 

É importante ressaltar que o estudo e o aprofundamento a respeito destes quatro autores pelas duplas que os utilizaram como referencial teórico, proporciaram ampliação de conhecimentos, novas reflexões didático-pedagógicas e um olhar diferente sobre a prática educativa. 

No decorrer da execução dos Projetos de Ensino, etapa ainda em andamento, os 16 alunos estagiários estão vivenciando e compreendendo a concepção em que a coordenação do estágio tem construído e desenvolvido sobre a formação de professores para os considerados alunos com necessidades especiais (nesse caso, os surdos). Temos afirmado que é preciso desmistificar a idéia de que o domínio da teoria precede a prática (visão precedente de formação) como se a formação a priori, sem conhecer o aluno concreto e real, assegurasse ao professor facilidades para o trabalho. Afirmamos também que, apesar de importantes, enquanto fonte de informações, não há cursos suficientes que dêem conta das questões didático-pedagógicas pelas diferenças que a natureza tem colocado no mundo. (Almeida, 2001).

Temos afirmado que apenas a partir do aluno real, num contexto concreto, é possível buscarmos alternativas de trabalho de modo que todos os alunos possam ser beneficiados com nossas intervenções. Sem preconceito, discriminação ou qualquer tipo de ação que possa vir a excluir.

O objetivo central de se proporcionar o estágio de um curso de Pedagogia em uma escola pública especial tem a ver com a proposição de se conhecer uma realidade em que alunos jovens e adultos, por apresentarem uma deficiência auditiva, foram agrupados como “iguais” em um ambiente “especial” diante da discriminação e da exclusão do ambiente regular que não os aceitaram pelo fato deles não se adaptarem às suas exigências.   Temos a expectativa de que essa experiência vivenciada pelos alunos estagiários, que se tornarão multiplicadores desta formação, poderá contribuir num futuro próximo com a aceitação de alunos como esses no próprio ensino regular e não mais apenas no ensino especial que historicamente os tem acolhido.

Para os alunos estagiários, todos os alunos surdos da escola-campo são passiveis de aprendizado e de construção de conhecimento. Necessitam, apenas, de aceitação das suas diferenças e de oportunidades educacionais de qualidade para poderem se desenvolver conforme suas singularidades.

Os projetos de ensino estão sendo executados conforme o cronograma estabelecido:

 

 

REGÊNCIAS

MESES DO ANO

SETEMBRO

OUTUBRO

NOVEMBRO

1º DIA

 

03

 

 

2º DIA

 

10

 

 

3º DIA

 

17

 

 

4º DIA

 

24

 

 

5º DIA

 

 

 

6º DIA

 

 

08

 

7º DIA

 

 

22

 

8º DIA

 

 

 

05

9º DIA

 

 

 

12

10º DIA

 

 

 

19

11º DIA

 

 

 

26

 

 

Para a etapa de elaboração do relatório final, no qual os alunos estagiários avaliarão o trabalho desenvolvido na escola-campo, houve a orientação por parte da coordenação de que ele deverá ser estruturado por assuntos ou temas (a partir de 26/11/2003, data prevista para encerramento na escola) tais como:

 

v     Introdução – localizando o leitor do local onde foi desenvolvido o estagio, fazendo referência ao projeto elaborado e à prática desenvolvida.

v     Apresentação e análise dos dados do cotidiano e dos diferentes estruturantes – organização, estrutura e funcionamento da escola (escutado, lido e presenciado).

v     Descrição e análise da prática pedagógica desenvolvida pelos estagiários – a análise deve ter como referência o projeto de ensino. Destacar se os objetivos propostos no projeto e nos planos de aula foram alcançados ou não, com justificativas.

v     Considerações finais – recomendações, sugestões e encaminhamentos.

v     Bibliografia – textos lidos e utilizados no decorrer da disciplina

v     Anexos – documentos, textos e outros materiais utilizados considerados relevantes no decorrer do estágio.

 

Em suma, todo o estágio desenvolvido na Escola Estadual Especial Maria Lusia de Oliveira, no ano 2003, no qual orientamos e coordenamos, pode ser sintetizado conforme o cronograma que se segue.


CRONOGRAMA / ESCOLA CAMPO

 

 

 

ATIVIDADES

MESES / 2003

ABRIL

MAIO

JUNHO

JULHO

AGOS.

SET.

OUT.

NOV.

DEZ.

Preparação para a escola campo.

X

X

 

 

 

 

 

 

 

Conhecimento da escola.

 

X

 

 

 

 

 

 

 

Observações em sala de aula.

 

X

X

 

X

 

 

 

 

Definição do tema para ser desenvolvido.

 

 

 

 

X

 

 

 

 

Elaboração do projeto de ensino (esboço).

 

 

 

 

X

X

X

 

 

Execução do projeto.

 

 

 

 

 

X

X

X

 

Entrega do projeto.

 

 

 

 

 

 

X

 

 

Coleta final de dados.

 

 

 

 

 

 

X

X

 

Montagem do diagnóstico da escola.

 

 

 

 

 

 

 

X

X

Avaliação final do trabalho realizado.

 

 

 

 

 

 

 

X

X

Elaboração do relatório final.

 

 

 

 

 

 

 

X

X

Entrega do relatório.

 

 

 

 

 

 

 

 

X

 

 

 


É importante ressaltar que, de forma concomitante a esta experiência de estágio explicitada, está sendo realizado na escola-campo um Curso de Extensão e Cultura, com previsão de 60 horas, cujo propósito é o de desenvolver a formação continuada dos professores e do corpo técnico-pedagógico que atuam na escola.

Traçamos como objetivo deste curso: propiciar a 14 profissionais da escola-campo, dos quais 10 professores do Ensino Fundamental, duas secretárias, uma coordenadora pedagógica e uma diretora, apoio e subsídios para reflexões sistematizadas a respeito do processo ensino-aprendizagem que ocorre na escola, por meio de textos, filmes, depoimentos, discussões, trocas de experiências e outras práticas reflexivas, numa tentativa de contribuir com a melhoria do trabalho dos envolvidos frente às suas necessidades de natureza didático-pedagógica.

Por sugestão dos envolvidos, neste curso estamos desenvolvendo temáticas diversificadas tais como: Educação de jovens e adultos; A deficiência auditiva no contexto escolar e suas implicações; A diversidade humana como princípio da inclusão escolar; A importância do desenvolvimento da auto-estima; Os elementos constituintes do planejamento; A ética como mediadora das relações interpessoais e Inteligência Múltipla.

Este Curso de Extensão e Cultura é contemplado no “Projeto Prática de Ensino e Formação Continuada de Professores” que está sendo desenvolvido desde 1995, integrado à disciplina Didática e Prática de Ensino na Escola Fundamental – DPEEF, do curso de Pedagogia da FE/UFG.

Conforme o plano de ensino da disciplina DPEEF:

 

Os objetivos básicos do projeto são: tornar os professores da escola-campo também beneficiários do desenvolvimento do estágio e não só meios para formação de novos professores; explicitar e concretizar o vinculo entre formação inicial e formação continuada e, por último, pensar a disciplina desenvolvida a partir da realidade do trabalho docente.

 

Até o momento, podemos afirmar que as reflexões sobre o processo ensino-aprendizagem desenvolvido na escola estão ocorrendo de forma sistematizada, sendo que os envolvidos têm demonstrado muito interesse no decorrer das discussões. A data prevista para o encerramento deste curso de extensão é 26/11/2003.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

 

 

ALMEIDA, Dulce Barros de. Formação de professores para a escola inclusiva. In: LISITA, Verbena M. S. S.; PEIXOTO, Adão J. (Orgs.). Formação de professores: políticas, concepções e perspectivas. Goiânia: Alternativa, 2001. p. 59-68. 

 

ALVES, Rubem. Caro professor....In: Revista abceducatio, Ano 4. n.24. Maio. 2003. p. 18-19.

 

ANDRÉ, Marli E. D. A. e LUDKE, Menga. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. 2ª ed. E.P.U. São Paulo: 1986. (Temas básicos de educação e ensino).

 

ANDRÉ , Marli E. D. A. O papel didático da pesquisa na formação do professor. 1997 (mimeo).

 

BRASIL/MEC/SEESP. Subsídios para organização e funcionamento de serviços de Educação Especial – Área de deficiência auditiva. Série Diretrizes n.6. Brasília: MEC/SEESP. 1995.

 

GESUELI, Zilda Maria. A língua de sinais na elaboração da criança surda sobre a narrativa. CEPRE/UNICAMP. 2002. (mimeo).

 

LIBÂNEO, José Carlos. O lugar da Pedagogia na Pedagogia e o lugar da Didática na Pedagogia. FE/UFG. 19/05/2003 (palestra).

 

PARREIRAS, Patrícia. Jovens e adultos na escola: aprendizagens diferenciadas. In: Presença Pedagógica. Editora Dimensão. v. 8. n. 47. Set./Out. 2002. p.58 – 67.

 

SOUZA, Regina Maria de. Língua de sinais e educação: dizeres surdos dos séculos XVIII/XIX. In: Revista abceducatio.  Ano 4. n.23. 2003. p. 30 – 33.

 

UFG/Faculdade de Educação. Plano de ensino da disciplina “Didática e Prática de Ensino na Escola Fundamental”. FE/UFG. 2003 (mimeo).

 

VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

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