UM NOVO CONCEITO PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Estevão Keglevich – Ivonete Parreira

Keglevic@netgo.com.br

       A educação ambiental tornou-se lei em 27 DE ABRIL DE 1999.  Em seu Art. 2.o afirma: “A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal”.

Incluída nos PCNs, deveria ser ministrada  em atividades baseadas em temas transversais. Atualmente o que presenciamos são ações isoladas de pouquíssimos educadores.

Tanto o MEC – Ministério da Educação e Cultura quanto o Ministério do Meio Ambiente enfrentam dificuldades financeiras, pois existem pouquíssimos recursos para este tipo de atividade. O próprio Fundo do Meio Ambiente, aceita apenas projetos dentro de suas “Linhas Temáticas” na parte de educação ambiental, que seja baseado na educação ambiental para o desenvolvimento sustentável; impondo características obrigatórias ao projeto, agindo de forma excludente ao ensino formal.

O fato é que no Brasil temos esplêndidas teorias e pouquíssimas atividades práticas. Isto desestimula o educador consciente, que vê diante de si um universo vazio, carente de exemplos.

É neste contexto que surgiu o grande exemplo da ONG GEOAMBIENTE, que realizou no ano de 2002 um grande trabalho de educação ambiental. Em parceria com duas escolas da periferia de Goiânia, lançou um grande projeto, onde os alunos formaram pequenos grupos e cada um teve autonomia para escolher qual a temática ambiental desejaria pesquisar.

Com grande entusiasmo, foram realizadas pesquisas na internet, na biblioteca da escola, fizeram visitas, entrevistas e outras ações em busca do conhecimento que era de seu próprio interesse.

O resultado foi surpreendente; várias competências desenvolvidas; grandes documentos foram criados pelos próprios alunos.

O resultado foi tão precioso que não deveria ser aproveitado apenas naquele momento; deveria “pular” os muros da escola.

A GEOAMBIENTE resolveu acrescentar aos documentos desenvolvidos trabalhos de pesquisadores e educadores;  criando uma ENCICLOPÉDIA em cd room, feita por brasileiros.

A repercussão deste trabalho é tão grande que atualmente várias escolas do Brasil estão participando, desenvolvendo este projeto com seus alunos.

As escolas que participam do projeto ganham cópias da enciclopédia, que também será comercializada em bancas de revista por cerca de 5%  do valor de enciclopédias similares.

É  realmente um novo conceito para a educação ambiental. Uma proposta inovadora, independente de políticas, conceituando o que realmente é de interesse do indivíduo buscar; propondo ainda a utilização da informática como meio de formação e inclusão do indivíduo.

FILHO, CLÓVIS afirma: “Esta máquina tem algo que nenhum outro instrumento tecnológico tem: a possibilidade de ser usada para manipular idéias”.

Vale a pena conferir o progresso deste projeto e até mesmo participar dele, como os alunos das primeiras duas escolas da periferia de Goiânia, que comemoram sua primeira publicação.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

FILHO, CLÓVIS et all - O COMPUTADOR COMO AGENTE TRANSFORMADOR DA EDUCAÇÃO E O PAPEL DO OBJETO DE APRENDIZAGEM Disponível no site http://www.abed.org.br/seminario2003/texto10.htm

 

LEI NO. 9.795, DE 27 DE ABRIL DE 1999 – Lei da Educação Ambiental

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