EXTENSÃO,
ESTÁGIO E EDUCAÇÃO CONTINUADA DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS (PIMEI / PECEC-LE).
Deise
Nanci de Castro Mesquita (Coordenação PECEC-LE/UCG)
Emília
Cruvinel (Secretaria Municipal Goiânia)
Raquel
Abrahão Edreira (CLV-UCG)
Resumo
Este
texto conta a trajetória do Núcleo de Apoio Pedagógico do Projeto de Integração
entre a Universidade Católica, outras Instituições Superiores e as
Secretarias Municipal e Estadual de Educação de Goiás (NAP-Go PIMEI), entre
os anos de 1994 e 2000. São apresentadas as atividades pedagógicas
desenvolvidas neste programa, que atendeu a centenas de professores da rede pública
e privada e estagiários da disciplina didática e prática de ensino de inglês
do Curso de Letras da UCG. O texto trata ainda da implantação de uma outra
versão do projeto denominado Programa de Extensão de Educação Continuada de
Línguas Estrangeiras (PECEC-LEs), a partir do ano 2002.
NAP-Go
do PIMEI
Em
1982, no IV Seminário Nacional de Professores de Inglês em Florianópolis, foi
sugerida a criação de um projeto específico para analisar a situação do
ensino-aprendizagem de língua inglesa em nível fundamental e médio (na época
1º e 2º graus) em escolas da rede oficial no Brasil. No V Encontro Nacional de
Professores Universitários de Língua Inglesa, um grupo de trabalho em caráter
nacional elaborou o questionário-sondagem e a pesquisa foi desenvolvida pelos
docentes universitários, nos anos de 1984 e 1985. Esta envolveu 1859 escolas de
primeiro e segundo graus de 14 estados brasileiros. Os dados coletados
apresentaram as necessidades destes professores de inglês analisados e o
projeto acabou por firmar-se em duas linhas de ação: treinamento e
desenvolvimento; e pesquisa. Desde então, foi objetivo geral do PIMEI: promover
a melhoria da qualidade e eficácia do processo ensino-aprendizagem de língua
inglesa de 1º, 2º, prioritariamente da rede oficial, e 3º graus, através de
Núcleos de Apoio Pedagógico em vários estados do Brasil;
.
conscientizar o professor de língua inglesa da importância de sua participação
efetiva na educação integral do cidadão levando-se em consideração as
necessidades e características sócio-culturais de cada comunidade.
Durante
os anos de 1986 e 1987, uma pesquisa foi conduzida em 4 estados brasileiros com
o objetivo de identificar necessidades específicas de escolas de 1º e 2º
graus das redes oficiais de ensino. Professores, alunos e diretores responderam
a um Needs Analysis Survey, norteando
o planejamento do Programa de Consultoria a ser desenvolvido pelos NAPs do PIMEI.
Portanto, tornaram-se objetivos específicos dos NAPs:
.
fornecer subsídios para uma atitude crítica dos professores quanto ao
planejamento adequado e eficiente de suas atividades de ensino; ao uso efetivo
dos processos de planejamento, atividade e avaliação; à reação flexível
diante das situações dinâmicas das salas de aula; e ao melhoramento de sua
proficiência lingüística em inglês.
.
não impor qualquer método ou abordagem, mas prover informações que
contribuam com a conscientização dos professores quanto aos fatores que
interferem no processo de ensino-aprendizagem e na relação professor-aluno, em
sala de aula de língua estrangeira.
.
produzir e veicular recursos bibliográficos e instrucionais que contribuam com
a efetiva melhoria do ensino-aprendizagem do inglês nas escolas de 1º e 2º
graus, no concernente à qualificação de seus professores.[1]
Os
primeiros contatos entre a equipe de Goiás e a coordenação nacional do PIMEI
aconteceram em 1992. Durante o ano de 1993, foram realizadas várias reuniões
com os representantes das Instituições interessadas em integrar-se ao Projeto,
mas somente em 1994 o Núcleo de Apoio Pedagógico foi implantado em Goiás.
Durante
seus seis anos de existência, a UCG sediou o NAP-GO , mas o Projeto sempre
contou com a participação efetiva de docentes e discentes também da
Universidade Federal de Goiás, bem como de docentes da rede oficial de ensino
de 1º e 2º graus de escolas estaduais, municipais e particulares de Goiânia e
cidades vizinhas. Contou ainda com a consultoria técnica de representantes das
Delegacias do MEC-GO, Metropolitana e Municipal de Ensino. Desde o primeiro
semestre de 1995, tentou estreitar os laços que unem os projetos do PIMEI e do
BRAZ-TESOL: a promoção e o incremento de discussões, a apresentação e a
disseminação de idéias e efetivo intercâmbio de experiências docentes.
Atividades
desenvolvidas pelo NAP-Go do PIMEI
Foi
objetivo geral da equipe do NAP-GO a integração efetiva entre os professores
de 1º, 2º e 3º graus, a fim de que pudessem todos pesquisar, dar assessoria
instrucional e bibliográfica, contribuir na formação de licenciandos de
Letras – já que o NAP-GO era um dos campos de estágio desses futuros
professores -, disseminar informações relacionadas ao ensino de língua
inglesa e avaliar continuamente as atividades desenvolvidas.
O
primeiro encontro dos professores de 1º, 2º e 3º graus recém envolvidos no
Projeto aconteceu no mês de maio de 1995. A greve dos professores municipais,
que reivindicavam melhores salários, obrigou a equipe do Núcleo a postergar a
conclusão da coleta do questionário de análise de necessidades. A equipe
utilizou-se dos dados até então coletados, mas consultou o resultado de uma
outra pesquisa que havia sido desenvolvida pelos docentes do Departamento de
Letras da UCG. Esta fornecia o perfil do professor de inglês de 1º e 2º
graus, que haviam respondido ao questionário sobre “Teaching English in
Public Schools in Goias: The state of the Art” (A Pilot Research). O bate-papo
informal garantiu o relato das expectativas e ansiedades de todo o grupo em relação
aos problemas enfrentados em suas salas de aula de inglês.
Ficou
acertado um cronograma de trabalho para os meses de maio e junho, e delimitados
os objetivos gerais dos futuros encontros. Estes se dariam nas segundas e
quartas-feiras, das 14 às 16 horas, em uma sala de aula com recursos
audio-visuais, na Universidade. Acordou-se que aquela fosse uma English
Speaking Zone com o propósito
de trocar experiências pedagógicas e melhorar a proficiência lingüística em
inglês. Pediu-se que os encontros versassem sobre Conversation,
Methodology, Songs, Videos / Cultural Information, Phonetics, Pronunciation,
Games, Written Texts, Evaluation, Grammar Points, Vocabulary Acquisition
etc.
Optou-se
por planejar e organizar um módulo específico às necessidades dos professores
deste grupo - todos docentes de inglês de 5ª à 8ª séries, em escolas
municipais de ensino da 2ª fase do 1º grau, no centro e periferia da cidade de
Goiânia.
As
duas coordenadoras do grupo planejaram três tópicos, que foram trabalhados em
trinta horas de encontro:
-
o “porquê” ensinar inglês em escolas públicas de Goiânia;
-
a relação professor-aluno e os grupos numerosos;
-
os “para quê” de algumas atitudes frente ao ensino-aprendizagem do inglês.
Estes
temas permearam a metodologia utilizada, que objetivou tanto a reflexão sobre a
postura do professor quanto o aprimoramento da pronúncia, da comunicação, da
escrita e o desenvolvimento da competência pedagógica. Foram utilizados vários
textos retirados de revistas, periódicos, jornais e livros específicos ao
ensino-aprendizagem de inglês. O objetivo era apresentar opções bibliográficas
e cultivar o hábito da pesquisa, pela leitura, nestes professores. Também
recursos audio-visuais foram utilizados, mas sempre com a preocupação de se
trabalhar materiais de fácil acesso, de baixo custo e à disposição dos
professores. Nestas trinta horas de encontro, foram assistidos e discutidos
alguns documentários sobre outras culturas que utilizam a língua inglesa e
foram desenvolvidas atividades artísticas e lúdicas que promoveram a
auto-estima e o crescimento mútuo de todos os participantes do projeto.
No
segundo semestre de 1994 três professores da rede estadual e seis outros das
redes particular e municipal de ensino, duas professoras da UFG e três alunas -
estagiárias da UCG se juntaram ao grupo. Foram desenvolvidos dois módulos, um
para atender os recém ingressos e o outro para dar continuidade ao trabalho
iniciado.
Os
questionários de Needs Analysis
respondidos por estes professores de 1º e 2º graus apresentaram novas
reivindicações. Além de serem detectados sérios problemas de competência
lingüística, os docentes alegavam ter dificuldades em utilizar efetivamente os
livros didáticos e as apostilas adotadas pelas suas escolas.
Para
trabalhar esta questão foi sugerido o desenvolvimento de um módulo de Communicative
Techniques. Este teria por objetivo rever a prática do professor, na sua
sala de aula. O outro módulo trataria da proficiência lingüística.
Os
dois encontros semanais do grupo de Communicative
Techniques, totalizando 60 horas ao final do semestre, eram divididos em três
momentos: após a escolha da lição ou da unidade do livro e/ou apostila,
primeiramente, as coordenadoras apresentavam um texto, oral ou escrito, que
tratasse do assunto específico daquela aula - e.g. o ensino - aprendizagem de
leitura; a questão da aquisição de vocabulário; problemas de pronúncia; dúvidas
gramaticais. Em um momento seguinte, os professores se reuniam em grupos e
preparavam a aula, utilizando os materiais reciclados disponíveis no Núcleo,
ou fabricando seus próprios recursos. Posteriormente, esses grupos apresentavam
suas aulas e discutiam a metodologia aplicada. Todos apresentavam suas reflexões
e, no último encontro do mês, as coordenadoras amarravam estas sugestões
apresentando outras atividades possíveis de ser
desenvolvidas. Os materiais produzidos durante estes encontros foram,
comumente, utilizados pelos professores em salas de aula do dia-a-dia.
No
ano de 1995, o grupo cresceu em número: vinte e três novos professores da rede
estadual e seis da rede municipal integraram-se ao projeto. Três outros
docentes da UFG e uma nova “reprodutora” - aluna - estagiária do Curso de
Licenciatura em Letras da UCG - passaram a colaborar efetivamente com a equipe.
Devido
à participação de oito membros na coordenação dos encontros, foi possível
desenvolver um trabalho em conjunto, ou seja, houve o revezamento entre os
colegas, na aplicação de cada módulo. Evidenciou-se que, além dos módulos
de Improving Fluency e Communicative
Techniques, era necessário dar início aos módulos instrucionais
desenvolvidos pelos outros NAPs. Optou-se por iniciar o módulo de The
Foreign Language Learning Process, do NAP-RS.
Foram
formados três grupos de trabalho: dois professores ficaram encarregados de
desenvolver o módulo teórico e os demais, divididos em duas equipes,
ministraram os módulos de habilidade lingüística e pedagógica. A escolha da
dinâmica de desenvolvimento destes módulos privilegiou a abordagem de
processo: ao longo dos quatro meses de encontro, utilizou-se Reading,
Speaking, Listening e Writing como habilidades iniciais de acesso ao
processo de comunicação como um todo. Em outras palavras, a partir de um texto
oral - atividade de listening, por
exemplo - as outras habilidades eram praticadas.
Enquanto
equipe integrada ao Projeto Nacional - PIMEI, coube ao NAP-GO desenvolver
pesquisas e produzir materiais que contribuissem com a melhoria e eficácia do
ensino-aprendizagem de inglês. Entretanto, este trabalho apresentou muitos
desafios. Por exemplo, não foi possível
à equipe do NAP-GO sistematizar, em forma de módulo instrucional, os trabalhos
desenvolvidos. Desde o início a dificuldade esteve em se pensar um material que
“ensinasse” inglês a professores de inglês que “não sabiam” inglês,
sem cair na mesmice do livro didático. A tese de que a “gramática” não
devia ser limitada à explicação de “estruturas” - das mais simples às
mais complexas - nos sugeriu a adoção de unidades desenvolvidas em tópicos.
Além disso, o depoimento dos docentes e dos coordenadores das redes estadual e
municipal de ensino integrados ao projeto também nos moveu a persistir em uma
pesquisa acerca de técnicas comunicativas no ensino-aprendizagem de inglês
para grupos numerosos. A crença nesta necessidade estava no fato de que muitos
livros didáticos e apostilas poderiam ser utilizados como referência, e
complementados com lições com técnicas comunicativas que contribuíssem com a
proficiência oral e escrita dos alunos de inglês de 1º e 2º graus.
Módulos
Instrucionais do NAP-RS e do NAP-RN.
Os
módulos instrucionais desenvolvidos e publicados pela equipe do NAP- RS e do
NAP-RN trabalham a questão do Processo de Aprendizagem de uma língua e da
Avaliação no Processo de Aprendizagem[2].
Presumiu-se
que o primeiro módulo utilizado daria uma base teórica para futuras discussões.
Optou-se por utilizar o módulo de The Foreign Language Learning Process,
inicialmente. Os dois coordenadores responsáveis pelo grupo - aproximadamente
quarenta professores das redes municipal e estadual de ensino - trabalharam este
módulo em vinte horas, distribuídas em dois encontros mensais, sob a orientação
de cada um deles, durante duas horas; sempre na última semana de cada mês.
O
módulo privilegiou a utilização de diferentes técnicas e recursos,
desenvolvidos por pares ou grupos. Comumente, as atividades foram propostas
através da explosão de idéias; de debates e de mini-conferências; de
questionário-sondagem; de julgamentos; de quebra-cabeças; da elaboração de
cartazes e/ou flash cards e materiais reciclados; e do uso de recursos
audio-visuais. Estas atividades exploraram a experiência e a vivência destes
professores e resgataram sua auto-estima, sua autoconfiança e seu
auto-conhecimento.
No
grupo de professores do NAP-GO, o módulo foi desenvolvido basicamente em inglês,
embora, por vezes, fez-se necessária a conversão para o português, por questões
de compreensão e esclarecimento. Alguns professores demonstraram extrema
dificuldade para entender as explicações teóricas discutidas completamente em
inglês e para se expressarem, em nível teórico, em inglês.
Privilegiou-se
a livre expressão oral - em português e/ou inglês - à preocupação com a
proficiência em inglês. Durante todos os encontros, os coordenadores do grupo
tentaram vivenciar a teoria-prática nas salas de aula daqueles mesmos
professores, em seus próprios ambientes de trabalho diário. À luz da teoria,
foram discutidos os resultados de um ensino-aprendizagem de inglês que
privilegia uma abordagem puramente gramatical, e o papel da repetição, dos drills
e da memorização neste processo. Também foram suscitadas as
(im)possibilidades de se ensinar uma língua estrangeira num contexto tão
adverso como os das salas de aulas numerosas das escolas de 1º e 2º graus; em
dois encontros semanais de quarenta e cinco minutos; sem livros didáticos
disponíveis a todos os alunos; e por vezes, inclusive, sem quaisquer recursos
audiovisuais e/ou bibliográficos. Contudo, esta realidade ainda não privou os
professores da ação. Foram discutidos objetivos reais, realistas e necessários
ao ensino e aprendizagem de inglês nestas escolas.
Percebeu-se,
ao longo do primeiro semestre de 1995, que os professores questionavam suas próprias
práticas de sala de aula. Chegavam, às vezes, a externar seus anseios por
mudanças e suas dificuldades em abandonar hábitos tão enraizados por longos
anos de magistério. Reconheciam suas limitações, mas demonstravam o desejo
latente de saber mais. Criticavam, por diversas vezes, os cursos de Licenciatura
em Letras que haviam cursado, fosse em Goiás, Minas ou São Paulo. A maior
reclamação traduzia-se na indignação que sentiam por não terem sidos
“alertados” (chamados à reflexão) sobre tais “questões teóricas”,
durante os quatro ou cinco anos que tinham sido “ensinados”, nas
Universidades.
Ao
final do semestre, uma simples questão de incompatibilidade teórica entre
alguns responsáveis pelo módulo Evaluation
ameaçou colocar abaixo todo o trabalho desenvolvido naquele semestre. O
momento de “avaliação final” foi traduzido por castigo, tornou-se o parâmetro
básico de resultado, criou ansiedades e removeu monstros escondidos de nossa prática.
A questão foi discutida tanto na reunião mensal da equipe do NAP-GO, quanto
nos encontros semanais com os grupos. Ao final, ficou acordado que a avaliação
seria feita via “teste” e em encontro anterior, um dos coordenadores
planejou e elaborou um retrospecto das atividades que haviam sido discutidas nos
outros encontros. Promoveu a teoria aliada à análise da prática. As duvidas
foram apresentadas e discutidas. As sugestões brotaram da reflexão da teoria e
a prática.
Finalmente,
o teste foi feito em pares e podia ser respondido em português. A maioria
respondeu em inglês. Para eles, o teste representou uma oportunidade de rever e
consolidar o que haviam discutido durante os quatro meses de encontro. A
meta-avaliação foi um instrumento de análise d/no processo de ensino e
aprendizagem.
Essas
primeiras experiências serviram de base para a consolidação do Programa por
mais quatro anos. Durante 1996 e 2000 centenas de professores de inglês do
ensino fundamental e médio, alunos-estagiários dos cursos de Letras e outros
interessados em sua formação continuada atenderam aos mais de 20 Módulos
oferecidos em dois encontros de estudos semanais e aos cinco encontros anuais de
Didática e Prática de Língua Inglesa. Não obstante os resultados obtidos e o
interesse geral dos participantes, o Projeto foi interrompido durante os anos
2001 e 2002, por motivos mais políticos do que estruturais. No entanto, em
2002, parte da equipe que compôs o NAP-Go PIMEI retomou as discussões sobre a
relevância deste projeto de extensão permanente e decidiu implantar uma nova
versão, um outro Programa de Educação Continuada, o PECEC-LEs – Projeto de
Extensão Comunitária de Educação Continuada de Línguas Estrangeiras.
A
maior motivação para a retomada do Projeto é a compreensão de que a educação
continuada de docentes de Língua Estrangeira do Ensino Fundamental e Médio e
de Cursos Livres é responsabilidade também da Universidade que os forma e/ou
que lhes dá a referência teórica para a prática em sala de aula. O
PECEC-LEs, que integra o Centro de Línguas Vivas da UCG, a Secretaria Municipal
de Educação de Goiânia, o Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação
– UFG e o Projeto Línguas, pretende ser novamente este espaço de estudo
continuado, desenvolvendo a ¨pesquis/ação¨ das reais necessidades
(conhecimentos lingüístico, pedagógico...) do professor em suas sals de aula,
em turmas inclusivas e sob o sistema de Ciclos. A abordagem dada a esta educação
continuada diferencia-se de ¨treinamento¨ ou ¨reciclagem¨. Essa iniciativa
deve-se, principalmente, aos dados que indicam que a rotatividade dos
professores da rede pública em Goiânia é um dos fatores que mais dificultam a
efetiva formação do quadro de professores de línguas estrangeiras.
Portanto,
o objetivo geral deste Projeto é promover um ambiente de pesquis/ação para
docentes e discentes de língua inglesa, que leve em conta a sua formação
continuada, no que se refere ao lingüístico e ao pedagógico. Os objetivos
específicos são debruçar sobre a prática docente, reconhecer sua incessante
necessidade de transformação e buscar formas de atender as suas exigências
reais diárias, viabilizar o aprimoramento da fluência oral e escrita do
docente e discente, em língua materna e estrangeira e discutir sobre as questões
ligadas ao Ensino Inclusivo e aos Ciclos de Desenvolvimento Humano.
A intenção é que, durante a sua
existência, o Projeto possa atender à grande parte dos professores da rede pública
de educação e a uma parcela representativa da rede particular de ensino, e aos
vários alunos/estagiários do Departamento de Letras da UCG, que estarão
melhor informados sobre questões de ensino e aprendizagem de língua
estrangeira, de educação inclusiva e do sistema de Ciclos. É, enfim, mais uma
tentativa de cumprir a responsabilidade que as Universidades têm de contribuir
com a construção dessa educação ética, para todos.
[1] Para maior informação
consultar SAMPAIO, V. (1992). THE PIMEI PROJECT, in: PAST, PRESENT AND FUTURE, p. 8; (1992) PIMEI: A
COLLABORATIVE EXPERIENCE. IN: Braz-Tesol March Newsletter, p. 6; (1994)
MANAGING CHANGE IN EDUCATION: A TEACHER DEVELOPMENT PROJECT FOR PRIMARY AND
SECONDARY SCHOOL TEACHERS. IN: BÁRBARA & SCOTT (1994) Reflections on
Language Learning, p.p. 41-53.
[2]
Para maior informação buscar LEFFA, V. J. & PAIVA, M.G.G. (1993). THE
FOREIGN LANGUAGE LEARNING PROCESS. Porto Alegre: Editora da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul; e OLIVEIRA, V.S. (1993). EVALUATION IN THE
LEARNING PROCESS. Natal: Editora da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte.